Já
que todas as grandes leis da Natureza estão de fato operando no mundo
invisível muito mais do que no visível, o ocultismo envolve
a aceitação de uma visão da Natureza muito mais ampla
do que a que se tem usualmente. O
ocultista, então, é um homem que estuda todas as Leis da Natureza...
e como resultado de seus estudos se identifica com estas Leis e devota sua
vida ao serviço da evolução.
Há homens e mulheres que moralmente
são da mais alta categoria. Todavia, foram obrigados a comer junto
das hienas e dos lobos da vida, e foram ensinados que em sua dieta era necessário
o cadáver de um animal assassinado.
Uma dieta vegetariana é enfaticamente
a mais pura e melhor porque:
1º) os vegetais contêm mais nutrientes do que uma igual quantidade
de carne morta; 2º) muitas doenças sérias advêm
deste repugnante costume de devorar corpos mortos; 3º) o homem não
foi naturalmente feito para ser carnívoro, e, portanto, esta comida
horripilante não lhe é adequada; 4º) os homens ficam
mais fortes e melhores com uma dieta vegetariana; 5º) comer corpos
mortos conduz à indulgência na bebida e aumenta, no homem,
as paixões animais; e 6º) a dieta vegetal é de todas
as maneiras mais barata e melhor do que a carne.
Se
você obtém alguma nutrição pelo consumo de carne
morta, o faz somente porque durante sua vida o animal consumiu matéria
vegetal. Mas você obtém menos nutrição do que
deveria, porque o animal já consumiu a metade, e você recebe,
junto várias substâncias indesejáveis, alguns venenos
ativos, que, é óbvio, são nitidamente deletérios.
É
um erro vulgar considerar a carne – sob qualquer forma – como
necessária à vida. Tudo o que é necessário para
o corpo humano pode ser suprido pelo reino vegetal... O vegetariano pode
extrair de sua alimentação todos os princípios necessários
para o crescimento e a manutenção do corpo, assim como para
a produção de calor e de força. Deve ser admitido como
um fato além de qualquer dúvida que algumas pessoas são
mais fortes e mais saudáveis quando tomam este alimento. Eu sei o
quanto esta dieta de carne predominante é não só um
luxo dispendioso, mas uma fonte de sério mal ao consumidor. [Sir
Henry Thompson, apud Charles
Webster Leadbeater].
A
Química não é contrária ao vegetarianismo, não
mais do que a Biologia o é. A alimentação de carne
certamente não é necessária para suprir os produtos
nitrogenados requeridos para a reparação dos tecidos. Portanto,
uma dieta bem escolhida derivada do reino vegetal está perfeitamente
correta, do ponto de vista químico, para a nutrição
dos homens. [Dr. F. J. Sykes,
apud Charles
Webster Leadbeater].
Que
é possível sustentar a vida com produtos do reino vegetal
não precisa demonstração para os médicos, mesmo
se a maioria da raça humana não estivesse constantemente envolvida
nesta demonstração. Minhas pesquisas mostram não só
que é possível, mas que é infinitamente preferível
de todos os modos, e produz poderes superiores, tanto de mente como de corpo.
[Dr. Alexander Haig, apud
Charles
Webster Leadbeater].
Seria
boa toda tentativa de ensinar à Humanidade que bife e cerveja não
são necessários para a saúde... À medida que
isto se desenvolver, acredito que ouviremos falar menos em gota, mal de
Bright, problemas de fígado e de rins, quanto ao primeiro item; e
menos brutalidade, menos espancamentos domésticos e menos assassinatos
quanto ao segundo. Acredito que a tendência é em direção
à dieta vegetariana, que será reconhecida como boa e adequada,
e que não está longe o tempo em que a idéia de alimentação
animal será considerada revoltante para o homem civilizado. [Sir
Edward Saunders, apud Charles
Webster Leadbeater].
A
carne morta jamais pode estar em uma condição de perfeita
saúde, porque a decomposição inicia no momento em que
a criatura é morta.
Nas
antigas escrituras dos hindus, encontramos uma passagem muito notável
que se refere ao fato de que mesmo na Índia algumas das castas inferiores
naquele período primitivo começaram a se alimentar de carne.
A declaração é de que em tempos antigos existiam somente
três doenças, uma das quais era a velhice; mas que agora, desde
que as pessoas haviam começado a comer carne, setenta e oito novas
doenças haviam surgido.
Os
dentes do homem não têm a menor semelhança com os dos
animais carnívoros; e se considerarmos os dentes, as mandíbulas
ou os órgãos digestivos, a estrutura humana se assemelha notavelmente
à dos animais frugívoros. [Professoe
William Lawrence, apud Charles
Webster Leadbeater].
Para
todo o verdadeiro progresso oculto é necessário pureza, mesmo
já no plano físico e na questão da dieta, assim como
também em assuntos muito mais elevados.
O homem tem em si matéria
pertencente a todos os Planos Superiores, de modo que ele é suprido
de um veículo correspondente para cada um deles, através dos
quais pode receber impressões e por meio dos quais pode agir. Podem
estes corpos superiores do homem, de algum modo, ser afetados pela comida
que entra no Corpo Físico com o qual são tão intimamente
ligados? Certamente que podem, e pela seguinte razão: a matéria
física no homem está em contato íntimo com as matérias
astral e mental – tanto que cada uma é em grande extensão
uma contraparte da outra.
Como
o Corpo Astral é o veículo das emoções, das
paixões e das sensações, segue-se que o homem cujo
Corpo Astral é do tipo mais grosseiro será principalmente
dado às variedades mais rudes de paixão e emoção;
enquanto que o homem que tem um Corpo Astral mais fino descobrirá
que suas partículas vibram mais prontamente em resposta a emoções
e aspirações mais altas e refinadas. O homem que, portanto,
assimila matéria grosseira e indesejável em seu Corpo Físico
está, por conseguinte, introduzindo em seu Corpo Astral – como
sua contraparte – matéria de um tipo mais baixo e desagradável.
No
Plano Físico, o efeito da condescendência para com carne morta
é produzir uma aparência excessivamente grosseira no homem.
Assim, um homem que constrói para si um Corpo Físico grosseiro
e impuro está construindo, ao mesmo tempo, Corpos Astral e Mental
igualmente impuros.
Há
um estágio em que a própria alma é treinada para ser
um instrumento adequado nas mãos da Deidade, um canal perfeito para
a graça divina. Mas, o primeiro passo em direção a
esta alta aspiração é que a própria alma aprenda
a controlar os corpos inferiores, de modo a não haver neles nem pensamento
nem sentimento, exceto os que a alma permita.
Todos
os neófitos que, em dias antigos, foram admitidos nos Mistérios
eram homens da mais alta pureza, e, é claro, invariavelmente eram
vegetarianos.
Uma
advertência sobre um assunto pouco conhecido: Se ao introduzir
impurezas repugnantes no Corpo Físico o homem constrói para
si um Corpo Astral grosseiro e poluído, temos de lembrar que é
neste veículo degradado que teremos de passar a primeira parte de
nossa vida após a morte. Por causa da matéria grosseira introduzida
no Corpo Astral, após a morte todos os tipos de entidades desagradáveis
serão atraídos para se associarem com ele, e farão
deste veículo sua casa, e encontrarão uma pronta resposta
nele às suas paixões mais baixas.
Do
mesmo modo que o homem está aqui a fim de que possa aprender as lições
do Plano Físico, do mesmo modo o animal ocupa seu corpo pela mesma
razão, para que, por ele, possa ganhar experiências neste estágio
inferior. Toda a vida no mundo é Divina. Os animais, portanto, são
realmente nossos irmãos, mesmo que possam ser irmãos mais
jovens, e não podemos ter nenhum tipo de direito de tirar suas vidas
para a gratificação de nossos gostos perversos. Não
temos nenhum direito de lhes causar agonia e sofrimento meramente para satisfazer
nossos apetites degradados e detestáveis.
Abrindo
um Parênteses
para Chito Loco
O
pescador
costarriquenho Chito (chamado de Chito Loco), de 52 anos,
adora brincar com seu amigo Pocho, um crocodilo de mais de 5 metros
de comprimento e 445 quilos, segundo reportagem do jornal inglês
The Sun.
De
acordo com o periódico, o homem tira suspiros de espanto
de espectadores quando nada ao lado de um dos predadores mais
perigosos do mundo, chegando a dar abraços em Pocho.
— Pocho
é o meu melhor amigo. Isso é uma rotina muito perigosa,
mas temos um bom relacionamento
— disse Chito, destacando que seria algo muito perigoso
para qualquer outra pessoa entrar na água.
Chito
fez amizade com o crocodilo após encontrá-lo ferido
com um tiro há 20 anos. O réptil tinha sido baleado
no olho esquerdo por um fazendeiro e quase morreu. — Ele
estava muito magro, pesando apenas cerca de 68 quilos
— disse Chito.
Como
ensina Mestre
Apis,
fundadora da Ordem
de Maat,
os animais
ditos irracionais são nossos irmãos menores, assim
como os homens são os irmãos menores dos 13 Irmãos
Maiores da R+C Eterna e Invisível que promove a evolução
da consciência nos Planos de Manifestação.
É nosso dever defender os animais.
Matéria
editada da fonte:
http://g1.globo.com
|
Um dos pontos subsidiários
mais gratos que o estudo da Teosofia nos revela é o da possibilidade
de empregarmos utilmente as horas em que o corpo está dormindo...
Só o Corpo Físico permanece insensível durante o sono,
enquanto o Homem Real prossegue em seu trabalho e executa realmente a maior
parte dele, e o faz melhor, porque não se acha travado pelo Corpo
Físico.
O homem no seu Corpo Astral está
bem mais próximo de si mesmo do que aprisionado nesta sua representação
física, que é tudo quanto podemos ver aqui.
Durante
as horas de vigília podemos ajudar qualquer pessoa que saibamos em
aflição ou sofrimento, detendo-nos para formar uma imagem-pensamento
nítida e bem definida do que sofre, e então verter uma corrente
de compaixão, amizade e força; mas durante a noite podemos
fazer mais do que isso – podemos levar mais longe o remédio
e ir no Corpo Astral até o leito do enfermo, para ver exatamente
o de que está precisando e lhe proporcionar o que se fizer especialmente
indicado no caso particular, em vez de lhe oferecer simplesmente um reconforto
e consolação de caráter geral. Podemos assim dar auxilio
e ânimo, não só aos vivos, mas também à
vasta legião dos mortos, que não raro disso têm real
necessidade, devido em parte ao falso e mau ensinamento religioso que recebem,
e em parte à total ignorância das condições dos
outros mundos, que predomina geralmente entre o público deste lado
do véu. Trabalho como esse comporta variedades infinitas, que ainda
estão longe de esgotar as possibilidades que se oferecem diante de
nós. No mundo astral podemos ao mesmo tempo dar e receber ensinamentos.
Graças ao anonimato do mundo astral, podemos assistir, inspirar e
aconselhar toda espécie de gente que no mundo físico provavelmente
não nos escutaria. Podemos sugerir idéias boas e liberais
aos ministros e aos estadistas, aos poetas e aos pregadores, e a todos os
tipos de escritores de livros, jornais e revistas. Podemos sugerir enredos
aos novelistas e boas idéias aos filantropos. Podemos ir aonde quisermos
e fazer qualquer espécie de trabalho que se nos apresente. Podemos,
ocasionalmente, visitar todos os lugares interessantes do mundo, e contemplar
suas majestosas construções e seus cenários mais encantadores.
As mais belas artes e as mais admiráveis músicas estarão
inteiramente à nossa disposição, sem dinheiro e sem
preço, por não falar na música ainda mais maravilhosa
e do colorido mais esplendoroso do próprio mundo astral. Que pode
um homem fazer aqui para se preparar a fim de tomar parte daquela obra superior?
Bem, a vida é contínua; e, sejam quais forem às características
que um homem mostre aqui em seu Corpo Físico, ele certamente as mostrará
também em seu Corpo Astral. Se aqui ele estiver cheio de alegria
e sempre ansioso por uma oportunidade de prestar serviço –
então, ainda que de nada se recorde, pode estar inteiramente confiante
de se ocupar utilmente, ao máximo de sua capacidade, também
no mundo astral. E, portanto, se um homem que não guarda lembrança
nenhuma desta vida deseja estar de todo certo de que é útil
ali e está cumprindo plenamente o seu dever, pode ele facilmente
convencer-se disso pautando sua vida aqui no mundo que sabe necessário
àquele objetivo. Não há mistério algum quanto
aos requisitos. Franqueza e sinceridade, calma, coragem, saber e amor farão
dele um obreiro astral inteiramente útil, e todas essas qualificações
se acham ao alcance de todo homem que deseje dar-se ao trabalho de desenvolvê-las.
Nunca
estamos sós, e, como no mundo astral a maioria dos pensamentos é
visível, convem termos presente em nossa mente este fato, a fim de
evitar que, por inadvertência, enviemos vibrações astrais
que possam fazer sofrer aqueles a quem amamos.
O
homem inteligente sabe que a verdade apresenta muitas facetas e que nenhum
homem ou corporação de homens
a detém em sua totalidade; sabe que há sempre lugar para a
diversidade de opiniões em quase todos os assuntos concebíveis,
e que, portanto, aquela que tenha ponto de vista oposto ou diferente pode
estar com alguma parcela de razão.
Um
dos erros mais comuns é considerar que o limite de nosso poder de
percepção é também o limite do que existe para
ser percebido.
Se
a música é boa, os efeitos de suas vibrações
serão um benefício para todo homem que as receba através
de seus veículos (corpos). Não há ninguém que
não contraia uma dívida de gratidão para com o músico
que tenha criado forças tão benéficas. O compositor
de gênio pode influir em centenas de pessoas que jamais viu e jamais
conhecerá no plano físico. [Em
colaboração com Annie Wood Besant].
Todas
as grandes religiões do mundo oferecem o mesmo ensinamento ético
aos seus devotos. Se cada homem apenas seguisse realmente o ensinamento
de sua religião, não importando qual ela fosse, nós
teríamos, de uma só vez, algo como o milênio do reino
de Cristo na Terra, e sem nenhum novo problema.
Deus
é bom. O homem é imortal. O que o homem semear, isso também
ele colherá.
Nem
sempre é fácil ver que todas as coisas estão trabalhando
conjuntamente para o bem, mas isso é assim porque nós as vemos
apenas parcialmente e não compreendemos como elas se ajustam dentro
do Grande Plano.
Embora
tudo esteja tendendo para um fim glorioso, esse fim ainda não foi
atingido de modo algum, e, por isso, quando vemos múltiplos erros
e sofrimentos à nossa volta, devemos fazer tudo o que pudermos para
acertar as coisas – permitir que o Bem Essencial se manifeste. Todavia,
se apesar de todos os nossos esforços as coisas não puderem
ser conduzidas para o bem, ao menos não será por nossa falta.
Se
um homem negar a existência do mundo astral e a vida após a
morte, ele se encontrará sem qualquer explicação racional
para um grande número de fenômenos autênticos e de toda
sorte de acontecimentos menores na vida diária; ele terá que
ignorar essas coisas ou atribuí-las (contra toda a razão e
bom senso) à alucinação, enquanto um homem que compreende
os fatos do caso pode ajustá-los facilmente dentro do esquema que
já existe em sua mente. Ele poderá não compreender
em detalhes como os resultados são produzidos, mas ele verá
imediatamente que estão em conformidade com o que ele já conhece,
e não são, de qualquer modo, estranhos para ele. Então,
sem ser ele mesmo um clarividente, ele pode acumular uma grande quantidade
de evidências da existência de Planos Superiores.
Todas
as teorias do homem sobre a Deidade podem ser classificadas sob três
categorias: ou Ela é indiferente a nós, ou Ela é ativamente
hostil a nós e precisa ser propiciada, ou Ela é plena de amor
e boa vontade para conosco. Se Deus for indiferente a nós, se Ele
nos trouxe à existência por um simples capricho, ou se surgimos
fortuitamente como o resultado da operação cega de leis naturais,
isso seria para nós, para todas intenções e propósitos,
como se não existisse absolutamente nenhum Deus.
Todas
as religiões que oferecem qualquer tipo de sacrifício a Deus
pertencem à categoria de que Deus é caprichoso ou hostil ao
homem, porque em todos os casos a idéia subjacente ao sacrifício
é a de que: ou por meio desta oferenda possa-se agradar a Deidade
e induzi-La a fazer em troca alguma benevolência que, caso contrário,
Ela não faria; ou então que por meio desta oferenda Ela seja
subornada a não fazer algum mal que, caso contrário, Ela faria.
O Iahweh judaico foi, obviamente, uma Deidade deste tipo, e a influência
perniciosa desta idéia de propiciação que se permitiu
ser estendida até o Cristianismo é responsável pela
assombrosa e certamente blasfema distorção da bela e inspiradora
narrativa da descida da Segunda Pessoa da Santíssima Trindade na
matéria. Esta forma de crença normalmente envolve a teoria
de que o Universo existe para um certo objetivo, mas construído de
maneira tão defeituosa que falha quase completamente em sua intenção
original, e assegura a felicidade permanente apenas a uma pequena proporção
de seus habitantes, e, mesmo assim, na suposição notável
de que eles seriam, de algum modo, capazes de esquecer o pavoroso destino
que alcança a grande massa da Humanidade.
Nem
sacrifícios, nem oferendas, nem preces poderiam ser necessários
ao Deus que é o Pai amantíssimo de todos os seus filhos, e
já está fazendo por eles muito mais do que eles poderiam pedir,
muito mais do que eles podem conceber. Tudo o que Lhe podemos oferecer em
retribuição é o nosso amor e o nosso serviço,
e o nosso amor é a própria manifestação de
Deus dentro de nós, de tal modo que a única ação
de nossa parte, que pode ser concebida como prazerosa para Ele, é
aquela que permite cada vez mais ao Deus interno manifestar a si mesmo
através de nós. Esta me parece ser a maior de todas as
verdades – a verdade da qual tudo mais depende. [Grifos
meus].
Muito
daquilo que é temporariamente o mal surge – e tem necessariamente
de surgir – da dádiva ao homem de uma pequena quantidade de
livre-arbítrio. Mas todo o mal é apenas parcial ou transitório,
e seus efeitos são todos arrastados ao longo da poderosa corrente
da evolução, exatamente como os pequenos redemoinhos e contracorrentes
da superfície de uma ruidosa torrente são, contudo, arrastados
adiante no seu curso em direção ao mar.
Aquele
que deseja trilhar a Senda deve se tornar ele mesmo a própria Senda,
o que significa que trilhá-La deve se tornar tão absolutamente
natural para ele que não possa fazê-lo de outro modo.
Há muita necessidade de caridade, de compreensão
e de uma atitude simpática em relação aos que estão
trilhando outra estrada até os pés do Deus em que todos acreditamos
igualmente – o Pai amoroso de que nos fala o Cristo, o Deus único
e verdadeiro que disse através de uma outra de Suas manifestações:
'Todo o culto verdadeiro chega a Mim, por diferente que possa ser seu nome',
e 'Por qualquer via que os homens se aproximem de Mim, nesta mesma via Eu
os encontro, pois todos os caminhos que os homens trilham são Meus'.
Estudiosos
da vida interna sabem que quando uma pessoa chega ao fim da parte puramente
humana de sua evolução – quando o passo seguinte a elevará
à condição super-humana de Adepto, para dentro de um
reino tão definitivamente acima da Humanidade quanto o homem está
acima do reino animal, quando ela tiver atingido o propósito pelo
qual foi tornada humana – abrem-se diante dela diversas linhas de
crescimento, e ela pode escolher qual irá seguir.
Lembremos
que se amamos qualquer pessoa, é o Deus interior nela a quem amamos;
Deus em nós reconhece Deus nela; as profundezas clamam uma pela outra,
e o reconhecimento da Divindade é sinônimo de felicidade. O
amante muitas vezes vê no amado qualidades que ninguém mais
consegue ver; mas estas qualidades estão nele em estado latente,
porque o Espírito de Deus está em todos nós, e a funda
confiança e o forte afeto do amante tende a invocar à manifestação
aquelas qualidades latentes no amado. Aquele que idealiza outrem tende a
fazer com que aquela outra pessoa se torne como ele imagina que ela seja.
A
redenção e salvação do mundo dependem da elevação
da mulher. E até que a mulher rompa os grilhões da escravidão
sexual a que tem estado submetida desde sempre, o mundo não terá
uma idéia do que ela é de fato e do seu lugar devido na economia
da Natureza. [Éliphas
Lèvi, apud Charles
Webster Leadbeater].
Deus
Absoluto é eternamente Um; mas Deus manifesto é dual: vida
e substância, espírito e matéria ou, como diz a ciência,
energia e matéria.
A
fraternidade humana é um fato da Natureza. Os que
a negam são aqueles que não a percebem, porque fecham os olhos
para realidades que não desejam conhecer.
Assim
como existe um éter luminoso que transmite a luz aos olhos, assim
há também uma modalidade especial de éter para o olfato,
para o paladar, para o ouvido e para o tato. Estes sentidos estão
relacionados com os elementos que simbolizam os 'yantras'. O som se propaga
em círculos, ou seja, em radiações circulares, e daí
o círculo do quinto chacra.
A
forma de pensamento gerada também reage sobre o pensador. Se o pensamento
destina-se a alguém, a forma dispara como um míssil na sua
direção, mas se o pensamento, como acontece com tanta freqüência,
diz respeito principalmente ao próprio pensador, este permanece flutuando
nas proximidades, pronto a reagir sobre ele e duplicar-se, isto é,
pronto a estimular na sua mente o mesmo pensamento mais uma vez. Para o
pensador parecerá que o pensamento surgiu em sua mente vindo de fora,
mas a experiência é, na verdade, apenas o resultado mecânico
de seus próprios pensamentos prévios.
Podemos
dedicar-nos ao exercício útil de admitir apenas pensamentos
bons e agradáveis e, se persistirmos, logo começaremos a perceber
resultados. Nossas mentes trabalharão mais facilmente pelos canais
da admiração e da simpatia ao invés da suspeita e do
menosprezo, e, quando nossos cérebros estiverem desocupados, os pensamentos
que se apresentarem serão bons e não maus, em uma reação
natural das formas graciosas que criamos para nos circundar. O homem é
aquilo que pensa em seu coração, e, obviamente, o uso correto
e sistemático do poder do pensamento torna a vida muito mais fácil
e agradável.
Devemos
pensar sempre nas coisas boas de nossos amigos, não só porque
isto é muito mais saudável para nós, mas, também,
porque assim elas se fortalecem. Quando formos obrigados a reconhecer alguma
qualidade má de um amigo, devemos ter o cuidado de não pensar
nela, mas, sim, na virtude oposta que queremos ajudá-lo a desenvolver.
Caso ele seja avarento ou pouco afetivo não devemos fazer comentários
ou fixar nosso pensamento nesses defeitos, porque, se o fizermos, as vibrações
por nós criadas tornarão as coisas piores. Em vez disso, pensemos
intensamente nas qualidades que ele precisa desenvolver, inundando-o com
ondulações de generosidade e amor, pois assim estaremos realmente
ajudando nosso irmão.
O
homem comum não passa de ser um centro de vibrações
agitadas. Encontra-se constantemente preocupado, incomodado, estressado
com alguma coisa, em depressão profunda ou, então, excitado
sem razão, ao se esforçar para mudar alguma circunstância
ou tratar de conseguir algo. Por uma razão ou outra, está
sempre desnecessariamente agitado, muitas vezes por causa de coisas insignificantes.
Isto quer dizer que está o tempo todo gastando força, dissipando
inutilmente algo pelo qual é diretamente responsável e que
poderia torná-lo mais feliz e saudável.
Nossos
pensamentos não são – como se poderia supor –
assunto apenas da nossa própria conta, pois suas vibrações
afetam os outros. Os pensamentos maldosos têm alcance muito maior
do que as palavras, mas não podem afetar quem estiver totalmente
livre da qualidade que eles veiculam. Por exemplo: o pensamento do desejo
de beber não pode penetrar no corpo de um homem totalmente abstêmio.
Ele atinge seu Corpo Astral, porém, como não pode penetrar,
retorna ao emissor.
Todo
pensamento dá origem a uma série de vibrações
que no mesmo momento atuam na matéria do Corpo Mental... Sob este
impulso, o Corpo Mental projeta para o exterior uma porção
vibrante de si mesmo, que toma uma forma determinada pela própria
natureza destas vibrações.
Três
princípios gerais governam a produção de todas as formas
de pensamento: 1º) a qualidade dos pensamentos determina a sua cor;
2º) a natureza dos pensamentos determina a sua forma; e 3º) a
precisão dos pensamentos determina a nitidez dos seus contornos.
O poder da forma de pensamento dependerá
da quantidade de energia mental combinada com o elemental da paixão
ou com o elemental do desejo. Estas formas, tal qual as pertencentes ao
mundo mental, são chamadas elementais artificiais, e geralmente são
as mais comuns, pois no homem vulgar são muito poucos os pensamentos
que não se encontram manchados pelo desejo, pela paixão ou
pela emoção.
Um
homem que ceda freqüentemente a pensamentos impuros poderá esquecê-los
enquanto permaneça engolfado na corrente diária de seus negócios;
não obstante isto, as formas de pensamento flutuam sobre ele, qual
uma espessa nuvem, pois toda a sua atividade mental está dirigida
em outra direção e o seu Corpo Astral é sensível
apenas à vibrações similares... Cada homem se move
em um espaço, encenado como que em uma caixa fabricada por ele mesmo,
rodeado de cardumes de formas de pensamento habituais. Nestas condições,
ele só vê o mundo através deste tabique, e, naturalmente,
matiza todas as coisas com a sua própria cor dominante, e toda a
gama de vibrações que o afetam é mais ou menos modificada
pela sua própria tinta pessoal. Assim é que o homem não
vê nada com exatidão até haver aprendido a dominar por
completo os sentimentos e os pensamentos.
Se
o pensamento não se põe em contato com outros corpos mentais,
esta vibração diminui gradualmente em energia e termina com
a dissolução da forma de pensamento. Se, ao contrário,
esta vibração consegue despertar em um Corpo Mental próximo
uma vibração simpática, as duas vibrações
se atraem e a forma de pensamento é, geralmente, absorvida por este
novo Corpo Mental.
Os
pensamentos são coisas, pois cada pensamento se imprime na plástica
essência elemental e gera uma entidade viva temporária, cuja
duração de vida depende da energia do impulso-pensamento dada
a ela.
O
homem comum parece não exercer qualquer controle sobre sua mente.
Ele dificilmente sabe sequer no que exatamente está pensando em qualquer
momento dado ou por que está pensando naquilo; em vez de dirigir
sua mente para um ponto definido, ele permite que ela corra solta ao seu
bel-prazer ou a deixa inativa, de modo que qualquer semente lançada
nela pelo vento pode germinar e vir a dar fruto ali.
Tudo
o que chamamos de tempo – tanto o passado, como o presente o futuro
– não passa de um eterno Agora.
Em qualquer momento, está
em ação um conjunto de causas que se não forem modificadas
inevitavelmente produzirão certos resultados – resultados que
nos planos superiores seriam vistos como já presentes, e que poderiam,
portanto, ser exatamente descritos. Mas também é claro que
um homem de vontade forte pode, ao colocar em ação novas forças,
modificar largamente estes resultados; e estas modificações
não poderão ser previstas por nenhum clarividente comum antes
que as novas forças tenham sido postas em movimento.
Um
outro ponto digno de nota em relação à condição
do Ego quando fora do corpo durante o sono é que ele parece pensar
através de símbolos – isto é, que o que aqui
embaixo seria uma idéia requerendo muitas palavras para ser expressa,
é perfeitamente veiculada por ele através uma única
imagem simbólica. Já quando um tal pensamento é impresso
sobre o cérebro, e assim recordado na consciência vigílica,
logicamente requer tradução. Muitas vezes a mente desempenha
corretamente sua função, mas, às vezes, o símbolo
é lembrado sem sua chave – não vem traduzido; e então
surge a confusão.
Os
fatores que podem estar ligados à produção de sonhos
são: 1º) o
Ego – que pode estar em qualquer estado de consciência desde
uma quase total insensibilidade até um perfeito comando de suas faculdades,
e à medida em que se aproxima desta última condição
– entra cada vez em posse mais completa de certos poderes que transcendem
quaisquer outros que a maioria de nós possui em nosso estado desperto
comum; 2º) o Corpo Astral sempre palpitando com os selvagens apelos
da emoção e do desejo; 3º) a parte etérica do
cérebro, com uma incessante procissão de imagens desconexas
passando por ele; e 4º) o cérebro físico inferior, com
sua semiconsciência infantil e seu hábito de expressar todos
os estímulos de forma pictorial.
Experimento:
A execução de um ato de magia elementar pode ser de valia
para algumas pessoas no treinamento da parte etérica de seu cérebro.
As imagens que cria por si mesmo (quando a corrente externa é impedida
de entrar) são certamente menos propensas a vedar a lembrança
das experiências do Ego, do que o tumultuoso afluxo daquela corrente
de pensamento. Assim, a exclusão desta túrbida corrente, que
contém muito mais mal do que bem, é, por si, um passo considerável
em direção ao fim desejado. E isto pode ser conseguido sem
muita dificuldade. Que um homem, prestes a dormir, pense na aura que o rodeia;
que deseje fortemente que sua superfície exterior se transforme em
um escudo para protegê-lo do assédio de influências externas,
e a matéria áurica obedecerá ao seu pensamento. Uma
concha realmente se formará em seu redor, e a corrente de pensamentos
será excluída.
Advertência:
Um ponto fundamental é a imensa importância do último
pensamento na mente do homem quando mergulha no sono. Esta é uma
consideração que jamais ocorre à maioria das pessoas,
mas as afeta física, mental e moralmente. Está constatado
quão passiva e facilmente o homem é influenciado durante o
sono. Se ele entra neste estado com sua mente fixada em coisas santas e
elevadas, ele atrai, assim, à sua volta os elementais criados por
pensamentos semelhantes de outros; seu descanso é pacífico,
sua mente permanece aberta a impressões de cima e fechada às
de baixo, pois a terá posto a trabalhar na direção
correta. Se, ao contrário, ele cai no sono com pensamentos impuros
e mundanos flutuando através de seu cérebro, ele atrairá
para si todas as criaturas rudes e maléficas que estiverem por perto,
sendo seu sono agitado pelo selvagem suscitar de paixão e desejo
que o deixam cego para as visões e surdo para os sons que provêm
de Planos Superiores. Se alguém orienta sua alma persistentemente
para cima, seus sentidos internos estão pelo menos começando
a desabrochar; a Luz no sacrário brilhará mais e mais, até
que, enfim, chegará à consciência ininterrupta e plena,
e, então, ele já não sonhará mais. Deitar-se
para dormir já não representará, para ele, um mergulho
no esquecimento, mas, simplesmente, uma entrada radiante, jubilosa, forte,
naquela vida mais nobre e plena onde o cansaço jamais sobrevém
– onde a alma está sempre aprendendo, mesmo que todo o seu
tempo se passe em Serviço, pois o Serviço é o dos Grandes
Mestres da Sabedoria, e a gloriosa tarefa que Eles lhe apresentam é
sempre ajudar até o limite de seu poder em Seu incessante trabalho
de auxílio e de orientação da evolução
da Humanidade.
As
partículas físicas são, sem dúvida alguma, afetadas
por um pensamento forte e constante. A Sra. Blavatsky costumava recomendar
algumas práticas a seus discípulos, dizendo-lhes, por exemplo,
para pendurarem uma agulha em um fio de seda e aprender a movê-la
pela força da vontade.
Você
é o que você compartilha.